De uns tempos pra cá a
Aids tem sido encarada muito diferente desde sua descoberta e o primeiro caso
documentado de que se tem conhecimento, em 1959, de um homem da atual República
Democrática do Congo. Sua destrutividade e a ideia que se tinha de “pena
de morte” logo após o diagnóstico foram substituídas por perspectivas e o
prolongamento da vida com a chegada dos remédios para combater o vírus. Em
1986, com a chegada do AZT, que apresentava resultados bem limitados, ou em
1996, com o surgimento do coquetel de drogas antirretrovirais, a
probabilidade de sobrevida das pessoas infectadas é muito maior. Muitos encaram
o vírus como uma gripe, e não se preocupam como de fato deveriam proceder,
justamente porque esta sobrevida deu uma falsa ideia de que a doença não é mais
tão perigosa. Os estudos mais recentes para alcançar a cura do HIV indicam um
tratamento através da terapia antirretroviral, altamente ativa (Haart, na
sigla em inglês), reduzindo em 96% a transmissão do vírus e aumentando a
qualidade de vida do infectado. Estas pesquisas foram apresentadas numa
reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA). Os
próximos passos são ensaios clínicos com os pacientes em meados de 2014. Fato é que a Aids já
matou milhões de pessoas até hoje, e a cada ano são registrados de 33 a 35 mil
novos casos (números somente do Brasil). Até hoje se estima que 630 mil pessoas
no país vivam com o HIV. A melhor forma de combater esta pandemia é o uso de
preservativo, não compartilhar seringas e, principalmente, muita informação
contra a ignorância e equívocos, pois muitas pessoas ainda possuem dúvidas
sobre as formas de contrair a doença. Combater o preconceito é essencial à
medida que é preciso desmistificar algumas ideias totalmente errôneas
sobre a doença, como considerar que apenas contrairão a doença homens
homossexuais e usuários de drogas, ou que qualquer relação anal entre dois
homens, que não estão infectados, pode levar à infecção do vírus. O dia 1 de
dezembro foi eleito o Dia Mundial de Luta Contra a Aids desde 1987 e serve para
reforçar a tolerância, conhecimento e a compreensão às vítimas do HIV/Aids,
fatores primordiais para vencermos a doença. Às vésperas do Carnaval é sempre
bom reforçar esta ideia, de que o sexo e o prazer podem ser muito mais gostosos
quando somos conscientes. * Breno Rosostolato,
psicólogo, é professor da Faculdade Santa Marcelina, SP. O Blog A NOTICIA espera ter colaborado com a publicação desta Matéria, Obrigado a todos que nos acompanha.
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